segunda-feira, 29 de outubro de 2012

As tentações que vivemos na carne

Questionamos inúmeras vezes a nossa vida interior que arde e deseja a santidade, que anseia ter uma vida que não ofenda a Deus. Até mesmo já tivemos nosso encontro pessoal com Cristo, recebemos o batismo no Espírito e conhecemos nossas fraquezas, mas mesmo assim, vivemos uma vida inconstante na caminhada com o Senhor. Como uma montanha russa cheia de altos e baixos. Às vezes conseguimos avançar mais alto ao mar, entretanto, às vezes estacionamos e queremos retornar ao cais.

Os prazeres e as seduções do mundo são motivos desta inconstância de nossa vida em Cristo. Ora caímos em pecado, ora levantamos. Têm dias que cedemos aos prazeres da carne e dias que vencemos. Esta realidade vulnerável torna-se um tormento para nós. Uma vez que não estamos mais surdos e nossa alma já experimentou a santidade de Deus e anseia por ela.
Acabamos por nos encontrar em grande perigo. Por causa deste tormento perdemos a esperança de lutar pela vida santa. É o momento oportuno que o demônio encontra para investir contra nós “ressuscitando” pessoas e situações que estimávamos, mas que não apontava o Céu. A armadilha de Satanás é jogar em nossa cara as nossas fraquezas e pecados que não conseguimos nos libertar para que aumente o desespero em nosso interior.
A outra armadilha que o demônio investe é o sofrimento que vivemos por causa dos nossos pecados. Este sofrimento é bom, desde que seja um trampolim para que se torne elemento para nossa conversão. Precisamos sofrer pelos pecados que cometemos para mudarmos de vida. No entanto, não podemos deixar que o inimigo de nossa alma aproveite-se disto para colocar fardos pesados sobre nós, pondo em nosso interior a culpa, a descrença na misericórdia de Deus e autocondenação para quem rejeita seu amor. Uma tentativa suja de tirar nossa alma da presença daquele que verdadeiramente nos quer e nos ama.
A resposta de Deus para este conflito interior ocasionado pela tentação e nossas fraquezas está no amor e na misericórdia, pois nos preza sumamente e anseia que desejemos sua companhia. Quer que estejamos em oração, em intimidade mesmo sem vontade de estar junto dele. Esta oração é muito valiosa para Cristo por mais frouxo ou sem fervor. O importante é que seja desejada sua companhia. Ele alegra-se por ver a perseverança e os bons desejos destas almas.
As escamas de nossos olhos caem diante de nossas vulnerabilidades e percebemos que a única esperança de nossa alma está no auxílio que vem de Deus, que nossa salvação encontra-se na misericórdia de Jesus. Encontramos, então, a razão para vencermos o inimigo.

Texto baseado nos escritos de Santa Teresa D’Ávila – Castelo Interior ou Moradas, capítulo 2

Rui Junio dos Santos – Missionário Canção Nova
@junioae/ facebook/ruijunio

Texto retirado de: http://blog.cancaonova.com/revolucaojesus/2012/10/29/as-tentacoes-que-vivemos-na-carne/

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