segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Amor não correspondido

Sonhamos quando um grande amor vem nos salvar de nossa solidão, do vazio do nosso coração e das feridas ocasionadas pelas nossas carências. Idealizamos e imaginamos como seria este grande amor. Imaginamos o seu estereótipo, a sua personalidade e até seus costumes. Quando pensamos que finalmente o encontramos e que agora a felicidade chegou descobrimos que este amor não é correspondido.
A vontade é de ficar ouvindo músicas depressivas trancando no quarto e longe dos amigos, remoendo o sofrimento de não ser correspondido. Pensamos que somos feios, sem graça e sem valor. Queremos viver então, o que a pessoa que amamos esperaria e idealizaria de um amor. Começamos a ser outra pessoa e não nós mesmos e perdemos nossa identidade até nas coisas mais simples.

Lembro-me daquele filme Uma noiva em Fuga em que Julia Roberts nem mais sabia mais qual era a omelete que gostava, se era de carne ou de queijo, pois a personagem queria gostar da omelete que o seu amado gostava pelo medo de não agradá-lo. Isto ressoa em você?
Se ressoa, é hora de dar a volta por cima desta “deprê” abrindo-se para superação e, esta superação inicia-se recordando quem eu sou. Preciso voltar a minha raiz e relembrar das minhas essências. Necessito novamente entrar em meu interior e descobri até onde eu deixei me levar pela paixão para agradar a outra pessoa e até onde eu gosto do que ela gosta.
A minha identidade me dá fortaleza e chão para eu superar meus sofrimentos como este de não ser correspondido. Deus me conhece por inteiro e sabe da beleza que sou. Voltar-se para o meu interior buscando novamente a minha identidade perdida pela paixão é dá a chance para Deus unir-me ao meu sofrimento e com Ele ser modelado e formado. Um momento oportuno de intimidade com aquele que nos ama pelo que somos e não pelo que fazemos.
A nossa afetividade necessita de um amor puro e sem interesse. Esta forma de amar quem pode nos dá é Jesus. Ele é capaz de corresponder da forma como esperamos e nos fazer levantar. Porque seu amor supera tudo!
Jovem revolucionário, é hora de deixar Deus unir-se ao seu sofrimento através da sua dor que pode ser expressa na oração, ouvindo a Palavra e na vida sacramental. Esta é a via da intimidade e da busca da superação que se dá pela restauração da sua identidade a luz do amor de Cristo.
Rui Junio dos Santos
Missionário Canção Nova – RVJ
@junioae
Facebook/ruijunio

Texto retirado de: http://blog.cancaonova.com/revolucaojesus/2012/10/08/amor-nao-correspondido/

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